Nota de apoio à jornalista Patrícia Campos Mello

Em 2018, convidamos Patrícia Campos Mello, repórter e colunista da Folha de S. Paulo, para ministrar uma aula no curso de formação do IBI, intitulada “Verdade ou fake news? A cobertura da mídia sobre os conflitos no Oriente Médio e o impacto das redes sociais na difusão de informações”.
O convite foi prontamente aceito. A aula, porém, precisou ser adiada: Patrícia não podia se expor, pois estava sendo ameaçada por conta de uma matéria de sua autoria publicada no jornal mostrando que, em meio à campanha eleitoral, empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp.
Sem alarde, a aula foi realizada algumas semanas depois.
Ainda assim, permanecia uma pulga atrás da orelha: desde quando uma jornalista multipremiada, com reportagens em mais de 50 países, muitos deles no Oriente Médio, precisava se esconder para participar de um curso no Brasil, com medo da perseguição política? Alguma coisa não estava certa.
Hoje, Patrícia Campos Mello foi insultada novamente, em sua condição de mulher e jornalista, agora pelo presidente da república.
A ela prestamos nossa solidariedade, reconhecendo ainda mais a importância do que nos ensinou durante a aula e sua coragem por ter segurado a bronca de antecipar, na própria pele, os tempos que estavam por vir.
Seu jornalismo investigativo e criterioso representa a luta pela democracia em que acreditamos.
Instituto Brasil-Israel
18/02/2020
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