Ataques terroristas na Cisjordânia trazem ainda mais obstáculos de diálogo para paz na região
27 fev 23

Ataques terroristas na Cisjordânia trazem ainda mais obstáculos de diálogo para paz na região

Para Instituto Brasil-Israel, ódio tem se expandido nos dois lados do conflito, alimentando ação de extremistas

O último domingo, 26, foi marcado por atentados terroristas na região da Cisjordânia. O primeiro, realizado por palestinos, deixou dois jovens judeus mortos perto da colônia de Ariel. 

Em seguida, colonos judeus incendiaram prédios e carros na aldeia de Hawara. O ataque deixou um morto e 300 feridos. A ação foi considerada uma retaliação.

Em nota, o Instituto Brasil-Israel (IBI) destaca ​que “a situação na Cisjordânia não pode ser considerada tranquila há anos, em especial com a expansão de assentamentos. Mas, nas últimas semanas, o clima ficou ainda mais tenso, já que há um enfrentamento em curso entre extremistas palestinos e extremistas israelenses. Esses não pregam o diálogo, mas a violência”.

“Enquanto a Autoridade Palestina perde força, grupos terroristas ganham espaço na sociedade palestina e nas suas estruturas de poder. Em Israel, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e outros ministros se colocaram contra a ideia de fazer justiça com as próprias mãos. Ao mesmo tempo, setores do novo governo igualmente incentivam uma mentalidade de retaliação e força”, informa o IBI.

“A situação tem ficado cada vez mais delicada. Muito nos preocupa perceber que o ódio tem se expandido nos dois lados do conflito, alimentando extremistas, o que cria obstáculos ainda maiores para qualquer avanço de diálogo em busca da paz”, ressalta o instituto.

No mesmo domingo, 26, em comunicado assinado conjuntamente, autoridades israelenses e palestinas se comprometeram em “evitar novos atos de violência”, buscando restabelecer a calma nos territórios palestinos após o crescimento da tensão e de ataques na região.

O comunicado foi produzido em reunião que também teve as presenças de autoridades jordanianas, egípcias e americanas. Na ocasião, representantes do governo de Israel e da Autoridade Nacional Palestina “confirmaram a vontade e o compromisso conjunto” de acabar com as medidas unilaterais durante um período de três a seis meses. O comunicado cita ainda o compromisso do lado israelense de interromper o debate sobre a criação de novos assentamentos durante quatro meses e de não regularizar assentamentos ilegais por seis meses.

Mais informações para a imprensa:

Denis Dana – (11) 98726-2609 / denis@libris.com.br

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