
Israel realiza nova operação militar na Cisjordânia; palestino comete atentado perto de Tel Aviv
Explosivos encontrados pelo Exército de Israel durante operação em Jenin (Foto: Reprodução/IDF)
O Exército de Israel lançou uma ofensiva em Jenin, no norte da Cisjordânia nesta segunda-feira. Autoridades argumentam que operação tem como objetivo acabar com o terror na região.
A região de Jenin passa por um período de intensificação de confrontos entre as forças israelenses e grupos armados palestinos.
Ao menos oito palestinos morreram durante a ofensiva. Em seguida, um adolescente palestino cometeu um atentado terrorista com faca na cidade de Bnei Brak, perto de Tel Aviv. A vítima sofreu ferimentos leves e foi hospitalizada.
Daniela Kresch, jornalista, correspondente e analista do Instituto Brasil-Israel (IBI) descreve que há meses já se falava sobre a possibilidade de uma operação militar maior no Campo de Refugiados de Jenin, por causa do aumento exponencial de atentados terroristas contra israelenses, desde o começo de 2023. “Os israelenses se sentem ameaçados, principalmente depois de alguns casos de lançamentos de foguetes da Cisjordânia contra o Centro de Israel – numa tentativa de imitar o que acontece, há 20 anos, com os lançamentos de foguetes de Gaza contra o Sul de Israel. Isso aterroriza o público”, diz Daniela.
A jornalista e analista do IBI ressalta que, segundo as forças israelenses, não se trata de uma questão política e sim de um imperativo antiterrorista, “ou seja, a operação não seria fruto direto de pressões da extrema-direita sobre o primeiro-ministro Netanyahu. Mas certamente não se pode ignorar que o novo governo Netanyahu, que tomou posse no fim de dezembro de 2022, só acentuou a tensão com os palestinos. Membros do governo são abertamente contra um Estado palestino e a favor da anexação da Cisjordânia por Israel”.
Nesse contexto, observa Daniela, “fica difícil para a fragilizada Autoridade Palestina – mesmo para os elementos mais moderados dentro dela – evitar que jovens palestinos radicalizados escolham a luta armada contra Israel”.
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