
Israel surpreende e fica em 3º lugar na Copa do Mundo de Futebol Masculino Sub-20
Antes de avançarem às finais da competição, disputada na Argentina, os israelenses deixaram o Brasil, que tinha o sonho do hexa, pelo caminho
Inédita, heroica e histórica. Assim pode ser resumida a participação da seleção de futebol masculina de Israel na Copa do Mundo Sub-20, que terminou no último final de semana na Argentina, país sede da competição. O feito israelense foi consolidado com a medalha de bronze, conquistada no domingo (11/6), após derrotar a seleção da Coreia do Sul por 3 a 1 no Estádio Diego Armando Maradona, em La Plata.
O jogo antecedeu a final da competição, que terminou com o título do Uruguai frente à seleção italiana. Antes de chegar até a decisão, a Celeste Olímpica teve trabalho contra os israelenses na semifinal, vencendo por um placar magro: 1 a 0 – mesmo resultado obtido contra a tradicional Squadra Azzurra na disputa do 1º lugar.
Mas essa não foi a única glória de Israel na 23ª edição do Mundial da categoria Sub-20. No caminho até as finais, os israelenses deixaram pelo caminho o Brasil, segundo maior vencedor do torneio, com cinco conquistas (os hermanos são hexa).
Até esta competição sob chancela da FIFA, a única participação de uma seleção de futebol masculina de Israel havia sido na Copa do Mundo do México em 1970, quando foram eliminados na fase de grupos enquanto o Brasil sagrava-se tri.
Os gols da seleção de Israel na disputa do 3º lugar em La Plata foram marcados por Ran Binyamin, Omer Senior e Anan Khalaili. O resultado também mereceu amplo destaque pelo fato de o técnico Ofir Haim ter poupado na formação da equipe que iniciou a partida os principais destaques do elenco, exaustos da disputa da semifinal contra os uruguaios jogada na última quinta (8/6). A Coreia do Sul, contudo, entrou com força máxima.
Para Anita Efraim, mestre em Comunicação Política e coordenadora de Comunicação do Instituto Brasil-Israel, o resultado obtido por Israel é símbolo de como a união nacional pode levar o país adiante.
“No jogo contra o Uzbequistão, contra o Brasil e contra a Coreia, os gols israelenses foram marcados por jogadores árabes. Um dos destaques da seleção foi Anan Khalaili, um jovem muçulmano que atua pelo Maccabi Haifa. É simbólico e forte, em um país dividido, marcado pelo conflito entre judeus e árabes”, avalia.
O treinador, Ofir Haim, declarou que essa seria uma forma de “unir o país”. “De fato, a união dentro do esporte é uma pequena amostra de como a sociedade israelense, para ir além, precisa curar feridas internas. O futebol é, essencialmente, político, e representa como o país pode ser melhor”, afirma Anita.
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