Hannah Arendt, árabes e sionistas na fundação de Israel é tema da última aula do curso do IBI na Unibes
No dia 31/10, Omar Thomaz, professor de Antropologia e História da Unicamp, ministrou a última aula do curso do IBI em parceria com a Unibes Cultural, intitulada “Hannah Arendt, árabes e sionistas na fundação de Israel”.
Segundo Omar, o debate sobre o conflito Israel – Palestina exige, mais do que nunca, um retorno ao período fundacional do Estado de Israel. Entre o fim da Grande Guerra e a fundação do Estado não poucos se enfrentaram efetivamente ao universo de relações sociais conflitantes que tensionavam árabes e judeus na busca para a uma solução política para o protetorado. É no período em que está concluindo o seu monumental Origens do Totalitarismo que Hannah Arendt escreve páginas decisivas sobre os dilemas enfrentados por aqueles que lutavam pela independência de Israel. Para ela, os árabes não eram paisagem ou empecilho, antes impunham a Israel o desafio da fundação de um mundo político que não excluísse a existência de minorias. É a maioridade política de todos que possibilita a construção de um Estado efetivamente democrático.
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 15.0px ‘PT Sans’}
p.p2 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 15.0px ‘PT Sans’; min-height: 19.0px}
Os textos de Hannah Arendt sobre os acontecimentos na Palestina nos anos 1940 nos jogam no meio do debate contemporâneo sobre os termos daquilo pelo que vale a pena se bater no mundo contemporâneo: a democracia.
Artigos Relacionados
Pilotos da El Al afirmam que não irão levar deportados que pediram asilo para a África
23 de janeiro de 2018
Embora a companhia aérea israelense não voe para Ruanda, para onde eritreus e sudaneses estão sendo deportados, os pilotos assumem posição contra “tal barbarismo”

Vinte anos da Segunda Intifada: estamos às vésperas de uma nova revolta?
2 de outubro de 2020
TEL AVIV – Há 20 anos, uma revolta popular transformaria o conflito entre israelenses e palestinos. Era a Segunda Intifada, uma insurreição popular palestina que durou quase cinco anos. Para muitos, a intifada enterrou as esperanças de paz dos Acordos de Oslo (1993) em meio a um ciclo de violência que deixou mais de 4 […]
