O que você precisa saber sobre as próximas eleições em Israel?
Instituto Brasil Israel
- Mesmo após ter sido indiciado em três casos de corrupção, o atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu segue encabeçando a lista do Likud.
- No partido Azul e Branco, de Benny Gantz, praticamente não houve mudanças na lista em relação às eleições de setembro. A exceção foi a saída do deputado Gadi Yevarkan, que se transferiu ao Likud. Yevarkan é etíope e recebeu do partido a promessa de uma cadeira no parlamento. Muitos viram no gesto uma traição à causa etíope, pois acreditam que o Likud faz pouco contra a discriminação sofrida por essa comunidade.
- A maior novidade se deu no campo da esquerda, com a união dos dois partidos mais importantes, Avodá (Trabalhista) e Meretz. Eles vão concorrer em lista conjunta, liderada por Amir Peretz (Avodá).
- No campo da direita, após negociações tensas que duraram até as últimas horas antes do fim do prazo, o partido de extrema direita Otzma Yehudit (Força Judaica) acabou ficando de fora do bloco sionista religioso Yamina (À direita), liderado por Naftali Bennett. Bennett, o maior opositor da entrada dos kahanistas, foi acusado pelo partido de ter “abandonado o sionismo religioso”.
- Avigdor Lieberman segue líder do Israel Beiteinu (Israel Nossa Casa). Representando principalmente o eleitorado de origem russa, tem posições seculares e de direita, o que dificulta sua entrada em coalizões com partidos religiosos ou de esquerda. Nas últimas eleições, recusou-se a formar governo tanto com Netanyahu quanto com Gantz, pois suas exigências não foram atendidas.
- Os quatro partidos predominantemente árabes juntaram-se novamente. Nas eleições passadas, tornaram-se a terceira maior força do parlamento israelense, com 13 cadeiras. Embora os partidos árabes, em geral, não integrem coalizões governamentais, há poucos meses seu líder Ayman Odeh manifestou apoio ao Azul e Branco, de Gantz, para se livrar de Netanyahu.
- Os dois partidos ortodoxos, Judaísmo da Torá Unida e Shas, são liderados por Yaakov Litzman e Arye Dery, respectivamente.
- Depois de cinco eleições nas quais uma mulher liderou pelo menos um dos principais partidos, dessa vez elas ficaram de fora.
- A analista política Tal Schneider afirmou que, pela primeira vez na história de Israel, o bloco com mais candidatas mulheres no topo da lista era religioso de direita – o Yamina. Schneider observou que, entre os 12 primeiros lugares, o partido tem seis mulheres, enquanto o bloco de esquerda tem apenas quatro.
Artigos Relacionados
Antissemitismo em foco na OEA
27 de outubro de 2021
Amanda Hatzyrah e Ana Clara Buchmann conversaram com Fernando Lottenberg

Como serão as grandes festa judaicas durante a pandemia? Esse é o tema do episódio da semana do podcast
17 de setembro de 2020
Se aproximam dois dos feriados mais importantes do calendário judaico: Rosh Hashaná, o ano novo, e Iom Kippur, o dia do perdão, quando judeus passam 25 horas em jejum. São também os dias em que sinagogas de todo o mundo recebem centenas de pessoas. Acontece que, em 2020, tudo isso deve ser diferente. Os grandes […]

Presidente do IBI, David Diesendruck, conta as novidades do Instituto Brasil-Israel para 2020
19 de dezembro de 2019
