Entenda mais sobre a violência em Gaza
IBIO IBI preparou algumas perguntas e respostas sobre os últimos acontecimentos em Gaza. Confira.
Como começou essa última onda de violência?
Desde o dia 30 de março, protestos na Faixa de Gaza, próximo à divisa com Israel, tem reunido dezenas de milhares de palestinos, no que foi chamado de “A Grande Marcha do Retorno” e que reivindicava a volta de palestinos que perderam terras e seus descendentes ao que hoje é o Estado de Israel. Os manifestantes ergueram tendas ao longo da fronteira, onde se mantém acampados. Às sextas-feiras, intensificam as ações, com aglomerações mais próximas à cerca que delimita o território israelense e tentativas de rompê-la. Já são dezenas de mortos e centenas de feridos em confrontos com soldados posicionados ao longo da cerca.
Por que a violência cresceu no dia 14 de maio?
O ápice da violência ocorreu num dia marcado por diversos simbolismos: a transferência da embaixada americana para Jerusalém (cidade igualmente reivindicada por palestinos como sua capital), o aniversário de 70 anos da independência de Israel no calendário gregoriano e a véspera da celebração dos 70 anos da Nakba – “a catástrofe”, como é chamada pelos palestinos. 60 palestinos foram mortos.
Quem controla a Faixa de Gaza?
Desde julho 2007, a Faixa de Gaza é administrada pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, que utiliza o território para efetuar ataques contra Israel. Israel e Egito impõe um bloqueio à região, controlando a entrada e saída de bens e pessoas.
Quem são os manifestantes? São civis ou representantes de grupos terroristas?
É difícil precisar quem são os manifestantes. Mas é certo que entre eles há tanto civis como militantes e terroristas de várias facções, em especial do Hamas, o que pode ser confirmado na identidade dos mortos. Lideranças do grupo tem convocado protestos, que contam também com a participação de outros movimentos. As manifestações foram impulsionadas por alarmes falsos. Clérigos e líderes de facções militantes em Gaza, liderados pelo Hamas, pediram a milhares de fiéis que participassem dos protestos dizendo que a cerca já havia sido violada e que os palestinos estavam inundando Israel. Além disso, usaram alto falantes para enganar a população, afirmando que os soldados israelenses estavam fugindo de suas posições e que os manifestantes podiam atravessar a cerca.
As manifestações são pacíficas ou violentas? Como Israel tem reagido?
Há manifestantes pacíficos e violentos. A dimensão pacífica dos protestos acontece a uma distância de pelo menos 500 metros da cerca que separa Gaza e Israel. Mais perto da fronteira, porém, grupos menores, principalmente de homens jovens, atiravam pedras, pneus em chamas e avançaram em direção à cerca munidos de instrumentos para rompê-la. Estes foram atingidos principalmente por granadas de gás lacrimogêneo lançadas em mini-drones. De tempos em tempos, alguns se lançavam para a frente para alcançar a cerca e outras instalações de fronteira, tentando destruí-los ou incendiá-los, e eram atingidos por disparos de atiradores de elite posicionados do lado israelense. O Hamas também reconheceu publicamente o uso deliberado de civis nos protestos como cobertura e bucha de canhão para suas operações militares.”Esta é uma resistência pacífica apoiada por uma força militar e por agências de segurança”, disse o co-fundador do Hamas, Mahmoud al-Zahar, a um entrevistador.
Como está reagindo a sociedade civil israelense?
A sociedade israelense age de formas distintas. Setores mais conservadores procuram justificar e apoiar a ação do governo. Enquanto isso, grupos de oposição chamam o ocorrido de massacre e organizam protestos contra a repressão aos manifestantes de gaza. A maioria dos israelenses tem profunda suspeita acerca das reais intenções do Hamas e, mesmo tendo compaixão pelos civis de Gaza, confia no exército, acreditando que a culpa pela morte dos manifestantes é do próprio Hamas. A opinião pública oscila entre a apatia e o desalento.
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